DHPP Vila Velha conclui inquérito que apurou homicídio na Barra do Jucu

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu o inquérito instaurado para apurar o homicídio consumado ocorrido no dia 2 de novembro, ao lado da Ponte da Madalena, na Barra do Jucu, em Vila Velha. A vítima, Samuel Couto Dias, de 25 anos, foi morta por disparos de arma de fogo. O autor, um homem de 52 anos, foi identificado e está preso.

As demais informações foram apresentadas em coletiva nesta quarta-feira (10), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

O chefe da DHPP de Vila Velha, delegado Daniel Fortes, destacou o empenho das equipes. “Mais um caso elucidado de forma rápida pela DHPP graças à competência da equipe. Para chegar ao resultado obtido, foi necessário um trabalho muito extenso”, afirmou.

De acordo com o adjunto da DHPP de Vila Velha, delegado Adriano Fernandes, a vítima havia se mudado há pouco tempo para a região e trabalhava vendendo bebidas. O suspeito, de 52 anos, era conhecido na comunidade por ser proprietário de uma peixaria e utilizou, na execução do crime, uma arma que possuía legalmente.

“A motivação do homicídio está ligada a um terreno na região, que é alvo de disputa judicial entre a irmã do suspeito e o ex-companheiro dela. Há cerca de quatro meses, Samuel residia no imóvel com autorização do ex-cunhado do investigado e também utilizava o local para comercializar bebidas, o que gerou conflitos com a família do suspeito”, explicou o delegado Adriano Fernandes.

No dia do crime, após um desentendimento, o suspeito retornou armado ao local. Segundo testemunhas, ele efetuou um disparo para intimidar a vítima e, em seguida, realizou outros tiros. O laudo cadavérico apontou três ferimentos por arma de fogo.

A Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito. Durante o interrogatório, ele indicou onde estava a arma utilizada no crime, que foi posteriormente apreendida.

“O investigado alegou legítima defesa e afirmou que Samuel estaria armado. Porém, a versão foi descartada, já que a perícia não encontrou indícios de que a vítima portava arma. O suspeito possui passagens por ameaça e lesão corporal. A vítima tinha registros relacionados à Lei Maria da Penha, envolvendo a ex-companheira”, disse o delegado.

O investigado foi indiciado por homicídio doloso e encontra-se preso preventivamente. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) ofereceu denúncia, que foi recebida pela Justiça.