Do caos à segurança: a revolução de Bukele, El Salvador, antes considerado um dos países mais violentos do mundo, vivia sob o domínio de gangues como a MS-13 e a Barrio 18, que aterrorizavam comunidades inteiras. No auge da crise, em 2015, a taxa de homicídios ultrapassava 100 assassinatos por 100 mil habitantes — uma das maiores do planeta. Tudo mudou a partir de 2019, quando Nayib Bukele assumiu a presidência com uma promessa ousada: “acabar com a violência de uma vez por todas”. O “Plano de Controle Territorial”: militarização e tecnologiaBukele lançou o Plano de Controle Territorial, uma estratégia que combinou aumento da presença policial e militar, uso intensivo de tecnologia de vigilância, e bloqueio de comunicações nas prisões. A meta era simples e direta: retomar o controle total das ruas e das cadeias.
Estado de exceção e prisões em massa
Em março de 2022, após uma onda de homicídios, Bukele decretou estado de exceção nacional, suspendendo direitos constitucionais como: Habeas corpus, Direito à defasa imediata, Liberdade de reunião. Desde então, mais de 80 mil pessoas foram presas sob suspeita de ligação com gangues. Muitos detidos permanecem em prisão preventiva enquanto aguardam julgamento.
CECOT: a megaprison que simboliza o novo El Salvador
Para acomodar o grande número de presos, Bukele construiu o CECOT – Centro de Confinamento do Terrorismo, uma das maiores prisões do mundo, com capacidade para 40 mil detentos. Imagens divulgadas pelo governo mostrando centenas de presos sentados no chão, algemados e sem camisa, viralizaram e se tornaram símbolo da nova era de “mão de ferro” contra o crime. Resultados: a criminalidade despenca
Os resultados são inegáveis:
El Salvador passou de um dos países mais perigosos do mundo para um dos mais seguros da América Latina. A taxa de homicídios caiu para menos de 2 por 100 mil habitantes em 2024, segundo dados oficiais. Casos de extorsão e sequestro despencaram. A população apoia massivamente Bukele, com índices de aprovação acima de 85%, segundo pesquisas recentes.
Críticas e denúncias internacionais
Apesar do sucesso nos números, o governo enfrenta fortes críticas internacionais.
Organizações como Human Rights Watch e Amnistía Internacional denunciam: Prisões arbitrárias, Torturas e mortes sob custódia, Censura à imprensa, Erosão das instituições democráticas. Bukele, por sua vez, responde que “os direitos humanos são para humanos direitos”, reforçando sua postura firme contra o crime organizado.














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