A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (11), uma operação para investigar um esquema de fraudes na concessão de benefícios previdenciários do INSS no Espírito Santo. A ação, denominada Operação Illicitus, resultou no afastamento temporário de uma servidora da autarquia e no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados à investigação. A suspeita é de que a servidora tenha habilitado benefícios usando certidões de casamento falsas, além de realizar solicitações em nome de pessoas já falecidas, segundo informações apuradas pela Força-Tarefa Previdenciária.
Como funcionava o esquema
As apurações tiveram início após o Núcleo de Inteligência da Previdência Social identificar inconsistências em processos de concessão. Ao analisar os dados, a PF encontrou indícios de:
inserção de informações falsas no sistema; atendimentos feitos fora do horário oficial; manipulação de credenciais internas; participação de uma despachante que auxiliava nas solicitações irregulares.
A PF também informou que o grupo teria usado a estrutura do INSS para validar documentos adulterados e liberar pagamentos de forma ilegal.
Prejuízo pode ultrapassar milhões de reais
Embora o prejuízo inicial esteja estimado em cerca de R$ 200 mil, a Polícia Federal afirma que o valor pode chegar a milhões, dependendo do número de benefícios irregulares identificados ao longo das análises. A investigação segue em andamento e deve revisitar outros processos conduzidos pela servidora afastada, visando identificar novos beneficiários suspeitos e possíveis integrantes do esquema. Os envolvidos poderão responder por falsidade documental, estelionato previdenciário e inserção de dados falsos em sistema público, crimes previstos no Código Penal.












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