O Espírito Santo registrou mais um caso grave de violência contra a mulher neste sábado (6). Um personal trainer, de 38 anos, morador de São João de Meriti (RJ), foi preso em Vila Velha (ES) após perseguir, ameaçar e descumprir medidas protetivas impostas pela Justiça. A vítima é sua ex-namorada, uma policial penal que havia se mudado para o estado para tentar escapar das agressões e ameaças. Suspeito viajou ao ES para tentar reencontrar a vítima De acordo com a Polícia Penal, o homem saiu do Rio de Janeiro e seguiu até Vila Velha com o objetivo de se aproximar da ex-companheira. Ele foi encontrado em frente ao prédio onde a vítima mora, aguardando sua saída, em total violação à medida protetiva que o proibia de se aproximar. A corporação afirmou que a prisão só foi possível após ações de monitoramento da Divisão de Inteligência da Polícia Penal (DIPP), que acompanhava a movimentação do suspeito desde sua chegada ao estado.
Agressões, fugas e ameaças de morte
No momento da prisão, o homem tentou fugir e chegou a agredir os agentes que realizavam a abordagem. Dentro do carro dele, a polícia encontrou uma foto da vítima, dinheiro em espécie e o documento da medida protetiva, além de um celular contendo vídeos e mensagens com ameaças explícitas de morte. Segundo a Polícia Penal, o suspeito dizia em vídeos que mataria a ex-namorada “com golpes de faca”, demonstrando o elevado grau de risco enfrentado pela vítima. Vítima mudou de estado para tentar escapar das ameaças A policial penal deixou o Rio de Janeiro e passou em um concurso público no Espírito Santo para tentar reconstruir a vida longe do agressor. Mesmo assim, o suspeito continuou enviando mensagens, perseguindo nas redes sociais e procurando por ela — ato que se enquadra no crime de stalking (perseguição). A prisão ocorreu em flagrante, e o homem permanece detido, à disposição da Justiça capixaba.
Violência contra a mulher em foco
O caso evidencia mais uma vez a necessidade de reforçar o cumprimento das medidas protetivas, além da importância da denúncia rápida e da resposta eficiente das forças de segurança em episódios de perseguição e ameaça. Casos como este mostram que a violência psicológica e a perseguição — muitas vezes tratadas como “menores” — podem escalar rapidamente para situações de risco extremo, inclusive feminicídio.













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