Cachoeiro de Itapemirim (ES) — Um jovem de 18 anos, identificado como João Gomes Costa, foi morto a tiros por policiais militares na noite de domingo (8) após uma perseguição no bairro Coronel Borges, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. O caso, que envolve versões divergentes entre a Polícia Militar e familiares, já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da cidade. Segundo informações da Polícia Militar, o jovem pilotava uma moto sem placa e teria desobedecido a uma ordem de parada em um posto de combustível. A corporação afirma que ele fugiu em alta velocidade, colocando pedestres em risco, o que deu início à perseguição pelas ruas do bairro. Durante a fuga, João teria perdido o controle da motocicleta ao tentar fazer uma conversão em uma ladeira, caindo ao chão. De acordo com a PM, mesmo ferido, o jovem teria sacado uma pistola calibre 9 mm, momento em que um policial atirou alegando legítima defesa. A arma mencionada foi apreendida no local. O corpo do rapaz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. A ocorrência foi registrada como “morte por intervenção legal”.
Família contesta versão da Polícia Militar
A mãe do jovem, muito abalada, contesta a versão apresentada pela PM. Ela afirma que o filho era “um menino bom, educado e trabalhador”, atuando como ajudante de pedreiro e sem envolvimento com drogas ou atividades ilícitas. A família informou que pretende obter imagens de câmeras de segurança próximas ao local do disparo para tentar esclarecer o que realmente aconteceu. Investigação busca elementos que confirmem ou refutem a versão apresentada, O caso agora segue sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Serão analisados laudos periciais, exames balísticos, depoimentos e possíveis registros de câmera para determinar se houve legítima defesa ou excesso de força por parte dos policiais envolvidos.
Mortes em ações policiais voltam a gerar debate no ES A morte de João Gomes reacende discussões sobre a atuação policial no Espírito Santo. No início do ano, outro jovem, Danilo Lipaus Matos, de 20 anos, foi morto em uma ação da PM em Colatina, caso que também gerou grande repercussão. Organizações de direitos humanos e moradores da região afirmam que episódios como esse reforçam a necessidade de maior transparência em operações policiais e reforço no uso de câmeras corporais.
Repercussão
Moradores do bairro Coronel Borges relatam apreensão após o ocorrido e pedem respostas rápidas das autoridades. Já a família de João afirma que buscará justiça.













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