CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM (ES) — A família de Fabian Alves Martins, de 22 anos, vive momentos de dor e indignação após confirmar que o jovem está entre os 117 mortos na megaoperação policial do Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado. A mãe, Fabiana Martins, está há mais de 48 horas em frente ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio, aguardando a liberação do corpo do filho, encontrado em uma região de mata conhecida como Vacaria, uma das áreas mais afetadas pela ação das forças de segurança. Viagem ao Rio para visitar amigos e a namorada, De acordo com familiares, Fabian morava com os pais em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, e trabalhava com forros de PVC na empresa Divilar Decorações. A família contou que o jovem havia viajado recentemente ao Rio de Janeiro para visitar amigos e a namorada, que mora na Penha, Zona Norte da capital fluminense. “O mal dele era ser muito fiel aos amigos. Eu não conheço esses amigos dele. Mas o Fabian era bobo, trabalhava, e a nossa família não precisa de dinheiro. Não somos ricos, mas também não precisávamos de nada”, relatou a mãe, emocionada.
Família pede respostas
A dor e a espera se misturam à busca por respostas. Familiares de Fabian afirmam que o jovem não tinha envolvimento com o crime e esperam esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte. A operação, que começou na madrugada de segunda-feira (28), deixou um rastro de destruição e debate sobre o uso da força policial em comunidades do Rio.
O caso que chocou o país
A megaoperação, que mobilizou policiais civis, militares e forças federais, foi deflagrada em diferentes pontos do Rio e resultou em 117 mortos, número que levanta questionamentos sobre abusos e violações de direitos humanos. Organizações civis e autoridades já cobram transparência nas investigações.














Deixe um comentário