Vitória (ES) – O Espírito Santo enfrenta um novo alerta na área da saúde. Um hospital da capital está com 155 casos de infecção em investigação, envolvendo pacientes, acompanhantes e profissionais da unidade. As análises laboratoriais apontam presença de fungos e bactérias, e cinco pessoas seguem internadas. Segundo informações atualizadas nesta terça-feira (11), o número de casos subiu em relação ao dia anterior. Do total, 150 são colaboradores, 20 acompanhantes e 17 pacientes. Entre os agentes identificados estão um fungo do tipo Histoplasma e a bactéria Burkholderia cepacia, ambas conhecidas por causar infecções graves em ambientes hospitalares.
Internações e sintomas investigados
As autoridades de saúde confirmaram que cinco pessoas permanecem internadas, sendo duas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e três em enfermaria. Os sintomas mais comuns entre os investigados incluem febre, tosse, dor muscular e dor de cabeça. Exames de imagem também apontaram alterações no tórax, compatíveis com infecção respiratória. O hospital está realizando coletas de água e ar para identificar a origem da contaminação e adotar medidas corretivas. Uma das hipóteses levantadas é que obras internas possam ter contribuído para a disseminação do fungo.
O que se sabe sobre os micro-organismos
O Histoplasma é um fungo que pode causar infecções respiratórias graves, especialmente em pessoas com imunidade baixa. Já a Burkholderia cepacia é uma bactéria resistente a diversos antibióticos e pode ser encontrada na água e em ambientes úmidos. A presença desses agentes em hospitais exige protocolos rigorosos de desinfecção e isolamento de áreas contaminadas para evitar novos casos.
Medidas de contenção
Equipes de vigilância e controle de infecção hospitalar intensificaram a limpeza dos ambientes, substituição de filtros e reforço nos cuidados com os pacientes. Profissionais também foram orientados sobre o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e higienização das mãos.
O hospital segue monitorando os colaboradores e acompanhantes que apresentaram sintomas, enquanto novos testes laboratoriais estão em andamento. Até o momento, não há registros de óbitos relacionados ao surto.













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