O homem conhecido como “canibal do Espírito Santo” deixou a Unidade de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (UCTP), o manicômio judiciário do Estado, após anos de internação, e agora vive com a família em uma área rural do interior capixaba. A desinternação, autorizada no fim do primeiro semestre, ocorreu após avaliações clínicas e judiciais que apontaram evolução significativa no quadro de saúde. Segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), a decisão foi possível graças a um processo de reaproximação familiar. A família aceitou recebê-lo espontaneamente, permitindo que ele retomasse a convivência em um ambiente afastado das áreas urbanas, com rotina simples e monitorada. O juiz José Augusto de Farias, coordenador das Varas Criminais e de Execuções Penais do TJES, afirmou que o ex-interno apresentou melhora consistente durante o período na UCTP.
“Houve uma evolução clínica muito favorável, ele está sendo acompanhado e medicado com regularidade, e hoje é uma pessoa comum, que não oferece riscos”, destacou o magistrado. Após a saída do manicômio judiciário, o homem passou a ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), responsável por visitas, acompanhamento psicológico, suporte médico e monitoramento da medicação. O atendimento segue protocolos de atenção psicossocial voltados para reinserção segura e gradual no convívio social. A desinternação de pacientes envolvidos em crimes e diagnosticados com transtornos mentais segue normas específicas que avaliam risco social, estabilidade clínica e capacidade de convivência em ambiente familiar. No caso do “canibal do ES”, as autoridades afirmam que todos os critérios foram cumpridos.
A situação volta a repercutir nas redes e nas plataformas de busca, já que o caso foi um dos mais impactantes do Espírito Santo, atraindo atenção nacional. Sua nova rotina no interior, com acompanhamento constante e baixa exposição, faz parte de um protocolo de segurança e saúde.













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