Vitória – Cerca de dois mil policiais militares do Espírito Santo, de patentes que variam entre soldado e subtenente, começam a ser julgados nesta quarta-feira (10), na Vara da Auditoria Militar (AJMES), em Vitória. Eles respondem a acusações de crime de motim, supostamente praticado durante a greve da corporação em fevereiro de 2017.

A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Militar, que aponta a paralisação ocorrida entre os dias 3 e 25 daquele ano como um movimento ilegal e organizado. Segundo a acusação, alguns dos praças teriam atuado como lideranças da mobilização, que resultou em graves impactos na segurança pública em todo o Estado.
O julgamento terá início às 14 horas, no Fórum Criminal de Vitória, e será conduzido pelo Conselho Permanente de Justiça, composto por um juiz de direito e quatro oficiais da Polícia Militar. Não há prazo definido para o encerramento da sessão, devido à complexidade do caso e ao número expressivo de envolvidos.
Durante a greve de 2017, familiares de policiais bloquearam a saída de viaturas nos batalhões, impedindo o policiamento ostensivo. A paralisação desencadeou uma onda de violência, com registros de saques, assaltos e homicídios em diferentes cidades capixabas.
A expectativa é que o julgamento desta quarta-feira seja acompanhado de perto por representantes de associações militares, autoridades do Judiciário e da própria corporação.













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