DHPP de Vila Velha conclui investigação de homicídio em padaria de Vila Velha e prende envolvidos em guerra de facções  

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu as investigações do homicídio de Thiago Silva Pereira, de 20 anos, ocorrido no dia 17 de junho, no bairro Ulisses Guimarães, em Vila Velha.  Segundo as investigações, o crime foi motivado pela disputa territorial entre facções criminosas rivais que atuam na região da Grande Terra Vermelha, inserindo-se em uma onda de ataques registrados entre os meses de maio e julho deste ano.  

Os detalhes da investigação foram divulgados nesta quinta-feira (18), em coletiva de imprensa na Chefatura de Polícia, em Vitória. 

De acordo com o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, o delegado Adriano Fernandes, o crime aconteceu em uma manhã de grande movimento, por volta das 8 horas, quando seis indivíduos chegaram ao estabelecimento em um carro e uma motocicleta, ambos os veículos roubados anteriormente.

“Os criminosos já iniciaram os disparos do lado de fora da padaria, atingindo inclusive uma cliente de 49 anos, que foi socorrida após ser baleada três vezes. A vítima fatal, Thiago, era natural da Bahia e residia no município há apenas quatro meses. Ele tentou buscar abrigo nos fundos do estabelecimento, mas foi perseguido e executado com diversos tiros”, explicou.

Ao longo do inquérito, a equipe policial conseguiu identificar três dos seis participantes do ataque. O primeiro suspeito foi preso em agosto no bairro Barramares. “Com ele, foram apreendidas drogas e uma arma de fogo. Em depoimento, o detido confessou a participação no crime e afirmou que o ataque foi uma retaliação à morte de um aliado ocorrida dias antes. O segundo envolvido foi localizado e preso no final de novembro no Rio de Janeiro, após fugir do estado logo após a execução”, disse o delegado.

A investigação aponta que todos os envolvidos identificados têm passagens criminais graves por tráfico de drogas e roubo. Um terceiro suspeito permanece foragido e as autoridades acreditam que ele também esteja escondido no Rio de Janeiro. “Outros três indivíduos, que participaram da ação usando balaclavas para esconder o rosto, ainda não foram identificados. A importância da colaboração da sociedade é fundamental e qualquer informação sobre o paradeiro do foragido ou a identidade dos demais envolvidos seja repassada de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181, garantindo total sigilo ao denunciante”, afirmou o adjunto.