A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) concluiu a investigação sobre o surto registrado no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, e confirmou o fungo Histoplasma capsulatum como agente causador da contaminação em pacientes internados. O relatório técnico apontou 33 exames positivos para histoplasmose, doença que pode afetar principalmente os pulmões e causar quadros respiratórios leves ou graves, dependendo das condições de saúde de cada paciente. Durante a análise laboratorial, a equipe também identificou a presença da bactéria Burkholderia cepacia em dois dos casos mais graves. A bactéria foi localizada em um bebedouro no setor E da unidade hospitalar, o que levantou hipótese de contaminação ambiental dentro da área interna do hospital. Segundo a Sesa, a investigação é considerada concluída, porém novas análises seguem em andamento para definir o número total de pacientes impactados e para entender se houve outros agentes envolvidos. A Vigilância Sanitária Hospitalar está avaliando se houve falhas em protocolos de limpeza, manutenção de equipamentos e controle ambiental. A histoplasmose não é transmitida de pessoa para pessoa. A infecção ocorre pela inalação de partículas do fungo presentes no ar, geralmente em locais com fezes de aves ou morcegos. Em ambientes hospitalares, situações envolvendo ventilação, poeira ou áreas internas sem controle podem facilitar a exposição acidental. A Sesa afirmou que medidas de reforço sanitário já foram implementadas no hospital, incluindo desinfecção de áreas específicas, orientações às equipes médicas e revisão dos protocolos de biossegurança. A unidade também segue monitorando pacientes e profissionais que possam ter sido expostos. Profissionais da saúde e visitantes devem ficar atentos a sintomas como febre persistente, tosse, cansaço intenso, dificuldade para respirar ou dor no peito. Casos suspeitos devem procurar atendimento médico imediatamente para avaliação e, se necessário, início de tratamento antifúngico.













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