Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (24), em Jacarta, na Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os traficantes são vítimas dos usuários de drogas, e que seria “mais fácil combater os viciados” para reduzir o tráfico no país. A declaração, feita ao comentar políticas internacionais de combate às drogas, gerou forte repercussão política e dividiu opiniões nas redes sociais. “Os traficantes são vítimas dos usuários também. Tem gente que vende porque tem gente que compra”, disse Lula. O presidente ainda criticou a forma como os Estados Unidos tratam o combate ao narcotráfico, afirmando que a guerra às drogas é “injusta e desigual”, e que os países ricos não assumem responsabilidade sobre o consumo interno. Segundo ele, é preciso “discutir o problema do ponto de vista humano e social, e não apenas policial”. A fala rapidamente ganhou destaque nas redes, sendo criticada por parlamentares da oposição e defendida por apoiadores do governo, que afirmaram que Lula tentava chamar atenção para a raiz do problema: o consumo e a dependência química.
Repercussão política e social
Nas redes sociais, perfis ligados à oposição classificaram a fala como “absurda” e “ofensiva às famílias que sofrem com a violência do tráfico”. Já setores progressistas destacaram que a frase de Lula foi mal interpretada, defendendo que a declaração buscava discutir o tema sob uma ótica de saúde pública. Analistas políticos avaliam que a fala tem potencial para influenciar o debate eleitoral e reabrir discussões sobre descriminalização, tratamento de dependentes e revisão das políticas de segurança pública no Brasil.
O que disse Lula
“Os usuários são responsáveis pelos traficantes. Os traficantes são vítimas dos usuários também. Seria mais fácil combater os viciados do que combater os traficantes. A gente tem que pensar nisso.” — afirmou o presidente Lula durante entrevista em Jacarta.
Contexto e impacto internacional
O comentário foi feito em meio à viagem presidencial à Ásia, onde o governo brasileiro busca estreitar laços comerciais e diplomáticos. Ao abordar o tema das drogas, Lula também criticou a postura intervencionista dos Estados Unidos na América Latina, afirmando que “não se combate o tráfico com bombas, e sim com política social e educação”.
📷 Foto: Ricardo Stuckert/Secom













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